domingo, 22 de maio de 2011

Síndrome do Pânico e o Psicodrama.

Como a Psicoterapia Psicodramática trata a Síndrome do Pânico?


Através da Psicoterapia Psicodramática a pessoa aprende a identificar os sinais de iminência de uma crise e a adquirir um manejo do próprio corpo para diminuir a sua intensidade.


Durante este processo a pessoa passa por uma grande transformação no modo como lida com as sensações de seu corpo e a sua relação com os vínculos significativos em sua vida. Enquanto não superar estas questões, a pessoa permanece fragilizada, com possibilidade de muitas recaídas.
O Psicodrama trabalha com alguns pontos básicos para o tratamento da síndrome do pãnico tais como:
  Aprender a gerenciar as crises, diminuindo a intensidade e a incidência dos sintomas nas crises de pânico.
  Modificar a relação da pessoa com as sensações do próprio corpo, o que desorganiza os padrões somático-emocionais que mantém a ansiedade e levam ao pânico.
  Restabelecer e desenvolver a capacidade de criar e manter vínculos com pessoas significativas, o que protege do desamparo e da ansiedade.
  Elaborar os processos psicológicos que estavam atuando quando as crises começaram e que mantém a pessoa em estado de pré-pânico.
Uma das técnicas psicodramáticas mais eficaz para trabalhar estes pontos é o Psicodrama Interno, pois ele desenvolve três recursos essências ao tratamento:
  O controle da respiração, pois através da respiração é possível cortar a ansiedade e evitar um ataque de pânico;
  O relaxamento do corpo e da mente, que também alivia a ansiedade e restabelece o autocontrole;
  A auto proteção, quando a pessoa imagina um lugar agradável e seguro, onde possa restabelecer seu equilíbrio e autoconfiança.

A experiência do Pânico é muito próxima do desespero de uma criança pequena que se sente perdida dos pais, uma experiência limite de sofrimento intenso, de sentir-se deixada à própria sorte, frágil, sem proteção, sob o risco do aniquilamento e da morte.
Encontramos este estado de desamparo profundamente enraizado nas pessoas com Síndrome de Pânico e junto com ele, uma perda de confiança no funcionamento do próprio corpo.

Para MORENO, o criador do Psicodrama, saúde envolve a capacidade do homem de ser espontâneo e criativo a cada instante de sua vida. O limite entre saúde e doença está na falta de espontaneidade e criatividade.


Como a espontaneidade é vital ao ser humano, na Psicoterapia Psicodramática é de suma importância detectar os obstáculos psicológicos à sua liberação.

  
Sheila

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Oração da Gestalt


Frederick Perls

Eu faço minhas coisas, e você faz as suas.
Eu não estou neste mundo para viver as suas expectativas.
E você não está neste mundo para viver a minha.
Você é você, e eu sou eu,
E, se por acaso, nós nos encontrarmos, será ótimo.
Se não, nada se pode fazer.


Postado por Sheila

segunda-feira, 16 de maio de 2011

ACP e Carl Rogers


A ACP é muito instigante, analizando suas condições percebo o quanto devemos nos despir de certos valores para conseguir olhar com os olhos do outro. Essas condições das que falo são a compreensão empática, congruência e consideração positiva incondicional (aceitar a pessoa como ela é e demonstrar consideração positiva por ela). Sem esquecer de falar sobre a empatia, que é se colocar no lugar do outro e a congruência seria a coerência interna do terapeuta, ou seja ele demostrar o que ele realmente está sentindo.
Conhecendo a história de Carl Rogers pude ver que mesmo com uma história contrastante com suas teorias, ele conseguiu enxergar mais longe.
A sua família valorizava uma educação moral, religiosa e radical. Era uma família muito conservadora. Entretato como podemos imaginar essa sua família era intelectualmete muito provocadora e estimulante para o menino e jovem Rogers, uma espêcie de "ovelha negra" da família, marcando e assumindo, com eficácia, a diferença.
A trajetoria de vida de Rogers foi marcada de mudanças. Uma das que percebo é o seu interesse nos estudos religiosos, porém se percebe o quanto ele era aberto a mudanças e esperiências.
Enfatizando a Abordagem Centrada na Pessoa não está voltada aos valores, aos julgamentos, mas sim o que o cliente deseja ser e o que faz bem para ele sem o acompanhamento de culpa.

Por Renata

Histeria é Gestalt-Terapia!

O  objeto é impedir que eles sejam alimentados por qualquer excitamento que advenha do fundo, especialmente pelo excitamento inibido, a inibição reprimida desenvolve uma atitude de paralisia muscular, por cujo meio rejeita que os hábitos antigos (aos quais se apega) sejam preenchidos por novos núcleos significativos ( novas tensões materiais).

Ao selff resta se deixa alienar por possibilidades que não são "suas", são dos semelhantes (entendendo-se por semelante uma imagem, um significante ou uma ação em que a função de self denomina "personalidade" reconhece um duplo de si mesma).O que, ao menos, implica uma satisfação parcial, uma libertação parcial, senão da ansiedade, ao menos dos exitamentos excitamentos antigos.

Perls, Hefferline, Goodman denominado essa satisfação possível de "histeria", querendo designar por isso: uma espontaneidade aleatória, sem controle da função de ego, em que o self conflui, "flui com" os semelhantes, com qualquer um dessa experiência, o self não pode assimilar mais do que um sentimento de vazio, porquanto as possibilidades encontradas não são sentidas como suas.

Benedito Junior

psicologia e a historia em quadrinhos


O que histórias em quadrinhos e psicologia têm em comum? Se você respondeu "nada", errou! Não é de hoje que as historias de quadrinhos abordam temas polêmicos e atuais, como política, moda entre muitos. Temas como o bullying foi uma dessas questões mais abordadas.

Ele é talvez um dos herois mais queridos do mundo, o Homem-Aranha é o mais conhecido exemplo a citar. Foi criado por um dos mais bem-sucedidos criadores moderno de histórias em quadrinhos, Stan Lee e por seu grande parceiro, Steve Ditko. Até muito antes da publicação de Homem-Aranha no meio da década de 60, os heróis seguiam um padrão mais ou menos uniforme de rigidez moral e retidão, tanto em suas vidas normais quanto quando travestidos em seus alter-egos. Além disso, foi o primeiro herói a ganhar dinheiro com o uso de seus poderes: Peter Parker vende fotos do Homem-Aranha para o Clarim Diário. Seus motivos, porém, são altruístas: ele ajuda a tia viúva e idosa a pagar as contas, principalmente com os remédios. É, portanto, um dos super-heróis mais humanizados das histórias em quadrinhos, o que o levou a um sucesso estrondoso e a uma competição direta de popularidade com ícones do nível de super-homem e Batman.

Órfão quando pequeno, Peter Benjamin Parker foi morar junto com seus tios Benjamin e May Parker em Forest Hills, Queens, na cidade de Nova York. O menino cresceu e se tornou um adolescente tímido, mas extremamente inteligente. Era muito desajeitado com as garotas e não tinha muitos amigos. Sofria bullying diariamente, chamado de "Parker molenga" por seu colega de classe Flash tompsom,que era esportista e por isso popular,sendo que o esporte não era o forte de Peter. Durante uma demonstração de equipamentos que manipulavam radiação, Parker foi picado por uma aranha. Ela havia sido exposta à radioatividade do aparelho e por isso provocou mutações no organismo do jovem Peter.

Peter descobre sobre seus poderes quando quase é atropelado por um carro. Seu sentido de aranha o alerta do perigo e por puro reflexo ele salta e se fixa na parede de um prédio. Ainda assustado, ele escala esse prédio e amassa uma chaminé de aço como se fosse de papel. A cena em que um menino o vê escalando a parede ficou imortalizada em todas as HQ's que contaram a sua história.

Parker fica muito empolgado com seus novos poderes e, no início, pensa somente em como ganhar dinheiro com eles. Levado por esses pensamentos individualistas, não faz o mínimo esforço para impedir a fuga de um ladrão, que logo depois viria a matar seu tio Ben. Quando descobre que o assassino do tio é o bandido que poderia ter detido sem dificuldades, se vê tomado por um sentimento de culpa que traz uma dura lição que seu tio, Ben Parker avia lhe dito: "Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades". A partir de então, começa a utilizar seus poderes para combater o crime na cidade de Nova York.

O Homen-Aranha apesar de ser um personagem fictício teve uma importância tremenda na conscientização do combate ao bullying.tornou-se um símbolo para uma geração,afinal, vários jovens se identificam com tudo que Peter Parker passou.isso não o torna “real”?Podemos então dizer que existe um grande poder e uma grande responsabilidade dentro de cada um de nos?Sim esse poder é a liberdade. A lição que tio ben mostrou sobre "Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades" nos lembra o existencialismo, De que somos livres e que a única coisa que nos limita é q própria liberdade.
Podemos então entender com a frase do Tio Ben que devemos buscar exercer a liberdade,no caso do Peter usar seus poderes para um bem maior, porém não esquecendo a responsabilidade que ela nos traz.

Por: Marcia Maria e Arthur Matos

Abordagem Centrada na Pessoa - ACP

Carl Rogers acreditava que todos os seres humanos são motivados fundamentalmente por um processo voltado para o crescimento, que ele denominava tendência para a realização.
A tendência para a realização

Rogers teorizou que todas as motivações estão incluídas num processo fundamental, a tendência para a realização, que consiste na tendência do ser humano expressar toda sua capacidade tanto orgânica ou do eu.

A tendência ampla e geral da natureza para o desenvolvimento é chamada de tendência formativa. O aspecto especificamente humano da tendência formativa é a tendência para a realização.

Não nos comportamos de maneira irracional, como afirmava a psicanálise. “Nosso comportamento é primorosamente racional, avançado com uma complexidade sutil e ordenada rumo aos objetivos que o organismo está empenhado em alcançar” (Rogers, 1983).
O processo organísmico de valoração

A pessoa que se auto-realiza (ou funciona plenamente) está em contato com a experiência interna que é inerentemente produtora de crescimento, o processo organísmico de valoração. Ele viria a ser um guia subconsciente que avalia e orienta a pessoa para experiência que promova o seu crescimento e afasta daquelas que possa inibi-lo. Porém com o desenvolvimento, as pessoas deixam de se guiar por suas experiências internas e as substituem pelas regras exteriores, que para Rogers isso interfere no desenvolvimento psicológico.

Mas o que acontece com pessoas que são emocionalmente perturbadas e com os criminosos? Rogers acusava que as forças sociais fazem com que as pessoas percam contato com suas experiências internas que a levariam para o crescimento. Isto ocorre devido a uma desconsideração dos sentimentos internos, pois ouvem dizer que esses sentimentos são ruins. É o medo e a atitude defensiva das pessoas, e não forças internas más, que as levam a se tornarem destrutivas.
A pessoa que funciona plenamente

Uma pessoa que presta atenção ao processo organísmico de valoração é auto-realizada, ou funciona plenamente. Esta pessoa não perde o uso de algumas das funções humanas mesmo sendo “corrompida” pela sociedade

Uma pessoa que funciona plenamente apresenta algumas características. Essas características podem ser interpretadas como sinal de saúde mental:

* Abertura para experiência – a pessoa que funciona plenamente ela é receptiva para os acontecimentos subjetivos e objetivos da vida. Elas também toleram uma ambigüidade na experiência, ou seja, uma situação que se mostra de determinada maneira e um determinado momento pode se mostrar alterada em outro momento.

* Vida existencial – é uma tendência crescente para viver cada momento. A experiência muda, e cada momento permite que o eu se manifeste de forma alterada pela nova experiência.

* Confiança organísmica – a pessoa confia sempre na sua experiência interna para guiar o seu comportamento. Essa experiência é precisa.

* Liberdade de experiência – é a liberdade de escolha. Essa escolha é subjetiva e não nega que haja determinismo no mundo.

* Criatividade – a pessoa encontra novas maneiras de viver cada momento, em vez de estar preso a padrões antigos e rígidos que não são adaptativos.

O Self

Rogers empregou dois termos, o self ideal e o self real, porém esses termos são originários da teoria psicanalítica.

Self ideal seria aquilo que você gostaria de ser, como você se imagina ser, já o self real é quem você realmente é, e é onde contém a tendência para a realização.

Um Romance chamado X


Todos começam uma história com seu nome, mas até isso eu havia perdido. Espero que os leitores aprendam a me chamar de X. Se bem que, numa boa, o fato é que cansei das merdas que cultivei, dos ratos podres que crieu dentro de mim. Há dias que fico escondido do tempo ali, no meu velho quarto poeirento, lá no esdrúxulo antro que conheci Hurssel, Perls, Sartre, Moreno, Carl Rogers.
Sim, eu passava horas tentando lançar um novo significado para o suicídio, para essa pulsão de só enxergar minha morte como saída.
Seja como for, chorei como o último poeta da terra, e, na minha mente, surgia questões como a catarse, o encontro com o outro, a awaraness perdida, o ser condenado a ser livre e outros diabos.
No fim, ou quando o abismo diante dos meus olhos índigos parecia uma obra de Dali, eu pulei e morri. o poeminha do contra, de Mário Quintana, estava em mim; os romances de Hesse estavam em mim; a música 'Me chama' do Lobão estava em mim!
Mas as lágrimas, a morte e o fim faziam parte de um sonho, ou melhor, a minha representação desse sonho.

Madson Milhome

Me Chama - Lobão



COMO VOCÊ REPRESENTA A SAUDADE?

Reviva isso no Psicodrama

Tenha novos significados através da Gestal-terapia.

Ainda bem que temos nossa subjetividade.

A música ''me chama'' do Lobão representa isso para mim, ou seja, saudade de alguém que se foi e continua em mim. Mas para o leitor? O que significa?

Madson

sábado, 7 de maio de 2011

Conhecendo o Psicodrama
JLMoreno

"Um Encontro de dois: olhos nos olhos, face a face. 
E quando estiveres perto, arrancar-te-ei os olhos e colocá-los-ei no lugar dos meus;
E arrancarei meus olhos para colocá-los no lugar dos teus;
Então ver-te-ei com os teus olhos e tu ver-me-ás com os meus."
(J.L.Moreno)


Colocar-se no lugar do outro,sentir o que ele sente,talvez, pensar o que ela pensa...
A inversão de papéis é algo essencial para compreender atitudes,mundanças no comportamento das pessoas que vivem ao nosso redor. E isso inclui
abrir mão do que verdadeiramente pensamos,pois é nessa redução que damos lugar ao outro,que olhamos com seus olhos chegando a alguma espécie de conclusão!!!        Ingrid Felipe

domingo, 10 de abril de 2011

Um Brasil que Chora...



São com lágrimas infinitas que escrevo essa postagem ''in memorian'' dos brasileirinhos e brasileirinhas que perdemos tão cedo. Onde está a Humanidade? Onde está a Psicologia? Em que Rua obscura reside a Saúde mental?
Na manhã de 7 de abril de 2011, um homem (cujo nome não merece figurar neste espaço) matou um pouquinho de cada um de nós, brasileiros da paz, guerreiros que sempre tiveram um sorriso amistoso apesar dos impropérios do cotidiano.
Sim, eu vi minha presidenta emocionada, as famílias de todo mundo caindo em prantos sinceros e aflitos. Assim, com efeito, fica a pergunta: Qual o papel do Psicólogo? Não, esse não é o momento de falarmos de fenomenologia, existencialismo ou qualquer conceito de nossa disciplina. Essa é a hora de abraçar seu próximo, essa  é a hora de ser criança e de lutar para não sermos atacados por sermos inocentes.

Que a tragédia de Realengo não sustente apenas essas imagens de sangue e violência. Aliás, o cintilar das estrelas que se foram estarão sempre aqui, dentro de nós, num lugar que ninguém, muito menos o Mal possa invadir com suas armas.

 Postagem singela em nome de:

Karine Lorraine Chagas de Oliveira, 14 anos
Rafael Pereira da Silva, 14 anos
Milena dos Santos Nascimento, 14 anos
Mariana Rocha de Souza, 12 anos
Larissa dos Santos Atanázio, 13 anos
Bianca Rocha Tavares, 13 anos
Luiza Paula da Silveira Machado, 14 anos
Laryssa Silva Martins, 13 anos
Géssica Guedes Pereira
Samira Pires Ribeiro, 13 anos
Ana Carolina Pacheco da Silva, 13 anos

Igor Moraes

O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade.
Karl Mannheim


POR MADSON

segunda-feira, 14 de março de 2011

Histéria na fenomelogia!


Diz JANET  com razão: “ A histeria pode acometer pessoas  boas e más; e não se podem levar à conta da doença traços pessoais que, sem ela, se comportariam exatamente da mesma forma”. O caráter histérico é, decerto, frequente, mas nem sempre se vincula aos mecanismo histéricos; como também, no entanto são muito variados os tipos carateriais que chamamos histéricos.
A personalidade histérica tem necessidade de parecer vivenciar mais do que é capaz. Não é a vivência originaria, autêntica, exprimindo-se naturalmente, que aparece; e sim uma vivência ‘’feita”, ou fabricada, teatral, forçada; ”fabricada” mas não conscientemente, por que a personalidade e capaz, sim (um dom propriamente histérico), de viver no seu teatro próprio, de nele encontra-se por completo, momentaneamente; com a aparência portanto de autenticidade.

Enfim, pode-se dizer que o caroço da personalidade histérica se perdeu se perdeu, só ficando a “casca muda”, um drama sucedendo-se ao outro. Já nada mais encontra em si, ela procura tudo fora de si, querendo vivenciar alguma coisa de extraordinário nos impulsos naturais, não se abandona ao evento normal e sim buscando aproveitá-lo.
A si mesmo e aos outros ela faz crer existir vivência intensa, mediante movimentos expressivos exagerados, a qual falta a base psíquica adequada. Atrai-a tudo quando significa estímulo externo potente: escândalo, sensação, celebridades . Para certifica-se da importância que têm, as personalidades histéricas precisam estar sempre representando um papel, sempre tentando fazer-se interessantes, mesmo que seja a custo de sua reputação, ou de sua honra; sentem-se infelizes quando por poucos instantes que seja, se vê em despercebidas.
Dai serem ciumentas e invejosas em excesso quando os demais  parecem limitar-lhe a posição ou a importância. Não o conseguindo de outra forma, chamam sobre si a atenção por meio da doença, encenado o papel de sofredor infligindo-se padecimento (ferimentos, lesões), mostrando “ vontade pela doença”.
Na ânsia de exaltar-se e encontra novas possibilidades de influenciar, chega-se afinal a mentira, de inicio conscientemente manejada, mas não tardando a desenvolver-se  por forma de todo inconsciente.
Os histéricos não enganam só a si mesmo, mas os outros, perdendo a consciência da própria realidade. Quanto mais se desenvolve a teatralidade, tanto mais vai desaparecendo nessas pessoas qualquer movimento afetivo autêntico próprio; não se pode confiar nelas, já não são capazes de relacionamentos afetivos estável. Mais não resta do que o palco de vivências imitadas e teatrais, o que constitui o quadro evoluído ao extremo da personalidade histérica.

Referencia:
JASPERS, Karl. Psicopatologia Geral- Histéria fenomenológica. pag 529-530. 8ª edição. são paulo, 2003

Psicologia Existencial!

É uma psicologia fundamentada na Fenomenologia, filosofia que rompeu com a escola clássica, grega, divergindo em vários pontos entre os quais sobre o conceito de essência.
Para a filosofia antiga a essência é algo interno que dificilmente se revela, ficando oculta sob as diversas manifestações da exterioridade que encobre a verdade do sujeito.

Para a Fenomenologia a aparência NÃO esconde a essência, mas a revela, porque a aparência É a própria essência. Se uma pessoa esconde um pensamento, ou um sentimento, se ela não fala disso ou fala outra coisa no lugar disso, o que temos aí? Temos a revelação daquilo que é a essência da pessoa naquele momento: a essência de ocultar um sentimento. No caso ela revela que não quer revelar, e isto é uma revelação. A pessoa não é uma paixão escondida, ela é a que esconde a paixão
Assim, a Fenomenologia valoriza o que aparece e não o que "deveria" aparecer. Ela enfatiza a experiência vivida da subjetividade. O que é isso? uma psicologia que olha o fato, o fenômeno, aquilo que aparece. Buscamos compreender a pessoa no lugar em que ela está, sem interpretações acerca do "como deveria ser". Então, a responsabilidade pessoal é posta em relevo, já que o foco sempre será a pessoa tal como ela se percebe e se anuncia. O interpretar se baseia em modelos pressupostos. O compreender se baseia na realidade presente que é aceita pelo psicólogo de forma incondicional.
A diferença é que na psicanálise temos sempre alguém fora de nós a quem atribuir nossas responsabilidades, na existencial as responsabilidades sobre nossas escolhas (sempre conscientes) são sempre nossas.
Quanto maior a consciência, maior a liberdade; quanto maior a liberdade, maior a responsabilidade. E a liberdade nos traz a ansiedade (ou a angústia) de nos sabermos únicos responsáveis por nossas escolhas conscientes. E isto não precisa nos trazer desespero e nos manter nele, porque essa angústia é libertadora a partir de um fato que ela me mostra: se sou responsável por minhas escolhas, também sou responsável por aquilo que será feito de mim daqui por diante, e isto é libertador. Ninguém detém o poder de me impedir de ser feliz, assim como a minha felicidade não está nas mãos de ninguém
Tudo isso faz aumentar a minha responsabilidade acerca do tanto de empenho que preciso aplicar na direção dos meus projetos e desejos. A existencial chega para nos mostrar que estamos em nossas próprias mãos, mais do que poderíamos imaginar. Nossa liberdade é absoluta, como disse Sartre, mas ele explicou que a liberdade se realiza num contexto de facticidade, e isto quer dizer que há aspectos "fáticos" que precisam ser considerados, isto é, há coisas que não mudam porque fazem parte do mundo em-si.
A minha realidade é o que faço com a minha facticidade, porque experiência não é o que lhe acontece, mas o que você faz com aquilo que lhe acontece.

Por que Fenomenologia-Existencial?


Considero a Fenomenologia-Existencial uma abordagem prática, antes de ser uma teoria a ser seguida.

A Fenomenologia-Existencial diz que antes de haver uma relação psicólogo/paciente existe um encontro entre duas pessoas, dois seres-humanos, onde pelo menos um deles será reconhecido.
Uma característica da Fenomenologia é o cuidado para não cair em fórmulas prontas e esquemas simplistas ou deterministas. Nunca perder de vista a vivência e a experiência que cada pessoa traz consigo mesma, durante uma sessão.




domingo, 6 de março de 2011

Existencialismo
Existencialismo é um conjunto de doutrinas filosóficas que tiveram como tema central a análise do homem em sua relação com o mundo, em oposição a filosofias tradicionais que idealizaram a condição humana.

É também um fenômeno cultural, que teve seu apogeu na França do pós-guerra até meados da década de 1960, e que envolvia estilo de vida, moda, artes e ativismo político. Como movimento popular, o existencialismo iria influenciar também a música jovem a partir dos anos 1970, com os góticos e, atualmente, os “emos”.

Apesar de sua fama de pessimista e lúgubre, o existencialismo, na verdade, é apenas uma filosofia que não faz concessões: coloca sobre o homem toda a responsabilidade por suas ações.

O escritor, filósofo e dramaturgo francês
Jean-Paul Sartre (1905-1980), maior expoente da filosofia existencialista, parte do seguinte princípio: a existência precede a essência. Com isso, quer dizer que o homem primeiro existe no mundo - e depois se realiza, se define por meio de suas ações e pelo que faz com sua vida.

Assim, os existencialistas negam que haja algo como uma natureza humana - uma essência universal que cada indivíduo compartilhasse , ou que esta essência fosse um atributo de Deus. Portanto, para um existencialista, não é justo dizer "sou assim porque é da minha natureza" ou "ele é assim porque Deus quer".

Ao contrário, se a existência precede a essência, não há nenhuma natureza humana ou Deus que nos defina como homens. Primeiro existimos, e só depois constituímos a essência por intermédio de nossas ações no mundo. O existencialismo, desta forma, coloca no homem a total responsabilidade por aquilo que ele é.
Somos os responsáveis por nossa existência
Se o homem primeiro existe e depois se faz por suas ações, ele é um projeto - é aquele que se lança no futuro, nas suas possibilidades de realização. O que isso quer dizer?

Eu não escolho nascer no Brasil ou nos EUA, pobre ou rico, branco ou preto, saudável ou doente: sou "jogado" no mundo. Existo. Mas o que eu faço de minha vida, o significado que dou à minha existência, é parte da liberdade da qual não posso me furtar. Posso ser escritor, poeta ou músico. No entanto, se sou bancário, esta é minha escolha, é parte do projeto que eliminou todas as outras possibilidades (escritor, poeta, músico) e concretizou uma única (bancário).

E, além disso, tenho total responsabilidade por aquilo que sou. Para o existencialista, não há desculpas. Não há Deus ou natureza a quem culpar por nosso fracasso. A liberdade é incondicional e é isso que Sartre quer dizer quando afirma que estamos condenados a sermos livres: "Condenado porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre, porque uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer" (em O existencialismo é um humanismo, 1978, p. 9).

Portanto, para um existencialista, o homem é condenado a se fazer homem, a cada instante de sua vida, pelo conjunto das decisões que adota no dia-a-dia.

"Tive que cuidar dos filhos, por isso não pude fazer um curso universitário." "Não me casei porque não encontrei o verdadeiro amor." "Seria um grande ator, mas nunca me deram uma oportunidade de mostrar meu talento." Para Sartre, nada disso serve de consolo e não podemos responsabilizar ninguém pelo que fizemos de nossa existência. O que determina quem somos são as ações realizadas, não aquilo que poderíamos ser. A genialidade de Cazuza ou Renato Russo, por exemplo, é o que eles deixaram em suas obras, nada além disso.
O peso e a importância da liberdade
Mas ao escolher a si próprio, a sua existência, o homem escolhe por toda a humanidade, isto é, sua escolha tem um alcance universal. João é casado e tem três filhos: fez uma opção pela monogamia e a família tradicional. Já seu amigo José é filiado a um partido político e vai para o trabalho de bicicleta: acha correta a participação política e se preocupa com o meio ambiente. As escolhas de José e João têm um valor universal. Ao fazer algo, deveríamos nos perguntar: e se todos agissem da mesma forma, o mundo seria um lugar melhor de se viver?

E é por esta razão que o viver é sempre acompanhado de angústia. Quando escolhemos um caminho, damos preferência a uma dentre diversas possibilidades colocadas à nossa frente. Seguimos o caminho que julgamos ser o melhor, para toda humanidade.

Fugir deste compromisso é disfarçar a angústia e enganar sua própria consciência. É agir de má-fé, segundo Sartre. Neste caso, abro mão de minha responsabilidade. Digo: "Ah... nem todo mundo faz assim!", ou então delego a responsabilidade de meus atos à sociedade, às pessoas de meu convívio familiar e profissional ou a um momento de ira ou paixão. No entanto, para os existencialistas, esta é uma vida inautêntica.

À primeira vista, o peso da liberdade depositado no homem pelos filósofos existencialistas pode parecer excessivamente pessimista, fatalista, de uma solidão extrema no íntimo de nossas decisões. Mas, ao contrário, o existencialista coloca o futuro em nossas mãos, nos dá total autonomia moral, política e existencial, além da responsabilidade por nossos atos. Crescer não é tarefa das mais fáceis.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Eu-Tu: Uma Fenomenologia do Amor



1. O que é Fenomenologia?

A fenomenologia nasce a partir das análises de Brentano sobre a intencionalidade da consciência humana, tratando de descrever, compreender e interpretar os fenômenos que se apresentam à percepção. Para Brentano a consciência é intencional, isto é, ao invés de dirigir-se para si mesma, tende sempre para alguma coisa. Assim sendo, a consciência não é uma substância, mas uma atividade constituída por algo (percepção, imaginação, especulação, volição, paixão, etc.), com os quais visa algo.

A fenomenologia procura abordar o fenômeno, aquilo que se manifesta por si mesmo, de modo que não o parcializa ou o explica a partir de conceitos prévios, de crenças ou de afirmações sobre o mesmo, enfim, de um referencial teórico. Entretanto, ela tem intenção de abordá-lo diretamente, interrogando-o, tentando descrevê-lo e procurando captar sua essência.

Uma psicologia que adote a atitude fenomenológica para suas investigações, passará ter uma definição mais abrangente que deverá ser “o estudo das relações do homem com/ou no mundo.” Por esta razão, não se restringindo somente ao estudo de comportamentos observáveis e controláveis, poderá examinar as experiências vividas e as significações atribuídas pelo experenciador.

Para tudo isso, faz-se necessário um método próprio que focalize a experiência vivida e sua significação. Esse método, denominado método fenomenológico se define como uma “volta às coisas mesmas”, isto é, aos fenômenos, aquilo que aparece à consciência, que se dá como objeto intencional, não só o “agora”, mas a inter-relação de pessoa, objeto, experiência, passado, presente ou futuro.

A fim de que a investigação se ocupe apenas das operações realizadas pela consciência, é necessário que se faça uma redução fenomenológica ou Epoché – colocar “entre parênteses” a atitude natural, suspendendo todo e qualquer juízo sobre o mundo natural, ou seja, retirar o que se vê no outro que não é necessariamente do outro. Ressaltando que não se pode separar o sujeito que questiona e aquele que é questionado; sujeito e objeto constituem uma mesma relação dialética, sendo a mesma, um diálogo entre o Eu e o Tu.

O Eu-Tu é o instante no qual o indivíduo está mais próximo dos sentimentos do outro, fazendo deste o momento onde um Eu se mostra para seu Tu, só podendo ocorrer diante de uma atitude fenomenológica (Epoché ou redução fenomenológica), de autenticidade, isto é, ser o que realmente se é, deixando fluir as potencialidades do outro através de um processo onde esse Eu se coloca no lugar desse Tu, num contínuo devir. Diferentemente, o Eu-Isso é uma relação unidirecional onde não existe uma atitude dialética.
2. Amor

De acordo com a visão psicanalítica freudiana, o amor surge das pulsões sexuais, ou seja, é conseqüência do fato de uma pessoa ser responsável pela satisfação sexual do seu parceiro, uma transferência do amor edipiano, no qual a menina tem como primeiro objeto de amor o pai e o menino, a mãe.

Para Melanie Klein e demais discípulos de Freud, o amor faz parte da teoria das relações objetais, diferindo pela não utilização do Complexo de Édipo para explicar a transferência de afeição ao pai do sexo oposto, mas sempre pela mãe. Assim, o amor adulto baseia-se no amor materno com probabilidade antagônica de ser imitativo ou oposto.

Conforme Skinner e o behaviorismo, o amor é construído pelo reforçamento que nem sempre é contínuo, podendo elucidar-se de forma intermitente. Sendo a relação, um impulso primário, inato, associado com a necessidade biológica e diretamente envolvido com a sobrevivência do organismo.
3. A Teoria Fenomenológica aplicada ao Amor
Baseado nos conceitos acima citados, como se daria a aplicação da visão fenomenológica sobre o amor?

O amor é uma arte que necessita ser desenvolvida com acurácia, exigindo condições de conhecimento acerca do seu significado real, mesmo que esse conhecimento esteja camuflado pelos intempestivos arroubos da paixão.

A vivência do amor é constituída por uma inter-relação Eu-Tu, na qual se busca a autenticidade e a compreensão do ser amado. A partir de então, o encontro amoroso passa a ser mais que um mero acaso e, a fenomenologia, uma ferramenta esclarecedora do tão inquietante papel do amor na vida humana.

Segundo a visão fenomenológica, a intenção da consciência é primordial para a percepção dos fenômenos; há necessidade de se despir da ignorância que o primeiro julgamento provoca e tentar conhecer o que se passa dentro e fora do sujeito questionado. O encontro de amor pressupõe justamente essa lógica, à medida que o tu-amado recebe o apelo do eu-que-ama e se desvincula das atribuições atrativas do outro, torna-se um ser-junto em essência. Não se observa, pois, facticidade nessa relação, mas sim uma subjetividade advinda do apelo amoroso que torna a existência do ser amado mais profunda.

Todavia, a exposição dessa subjetividade pode causar desconforto ao indivíduo, já que se espera a comunicação do que é sentido por ele, e essa expressão é muitas vezes tida como “difícil”, talvez pelo uso inadequado de vocábulos que indicam apenas uma insípida sentimentalidade e deturpam o sentimento.

Ao se fazer um elo entre a fenomenologia e o amor é inevitável argumentar que a busca pela significação da essência da inter-relação eu-que-ama e tu-amado, encontra-se fundamentada pela liberdade e criatividade do indivíduo. O apelo amoroso ao ente amado não significa que o que ama queira obrigar, dominar ou possuir o outro. O amor deseja a liberdade desse tu-amado, levando-o a sua própria liberdade de escolha de caminhos, tornando-o, este outro, responsável por sua própria atitude.

O testemunho mais eloqüente da criatividade do sujeito, enquanto amante, é a consciência de não estar mais “sozinho”, porque além de ajudar na formação do outro, o amor cria um “nós”, um “juntos”, diferente do que se experimenta com qualquer “nós” vivido em todos os outros tipos de encontros e capacitando o eu-que-ama a superar o isolamento das demais pessoas, mantendo ao mesmo tempo a integridade individual.

“O amor é a resposta para uma questão inevitável – o problema da existência humana”. ³ __________________________ 3 Friedman e Schustack,2004
CONCLUSÕES FINAIS:

Não se pode falar da inter-relação homem-mundo na fenomenologia, sem se opor a exacerbação do individualismo, característica contrária manifestada através do amor. Assim, o amor seria uma relação de reciprocidade, liberdade e responsabilidade na apresentação total da pessoa diante da outra.

Assim sendo, o encontro Eu-Tu passa a ser uma experiência luminosa que é o amor, necessitando de reciprocidade, presença, imediatez e responsabilidade tentando fazer com que esse eu-que-ama apresente qualidades como autenticidade (deixando o tu-amado ser realmente o que é); percepção global do outro (numa tentativa de conhecimento íntimo) e a não-imposição (deixando o outro ser livre e responsável pelas suas escolhas e atitudes).

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Postagem de abertura, Editorial ou qualquer outro troço que acalme um transtorno obsessivo por contagens!

Psicolokos é um blog de atitude. Sim , nós vivemos num mudo de guerra e poesias, desafios e escolhas que nos enchem de júbilo e medo. Então, uma vez que nada sabemos, por que estudamos psicologia? Espero que o  coração de nossos leitores seja como o rufar dos tambores, o sonho que nos faz acordar para a vida, para o amor e seus mistérios. Aliás, todos perceberão que epistemologia ( que diabo é isso?) não é algo chato.

 No mais, antes de seguir em frente, stop! Olhe, pense, critique, diga um palavrão se quiser. Por fim, e não menos relevante, deixaremos umas imagens embaralhadas. O que você verá? O seu Eu? O retorno Às coisas mesmas? Acho que os Psicolokos precisam de acompanhamento psicológico (obs: esse momento da leitura é o momento do riso. Sabe as risadas dos seriados norte-americanos?) Sendo assim, ou assim sendo, O que um psicólogo pode fazer? O que a humanidade deve fazer? Tudo que precisamos é amor? Sei lá! Só não esqueçamos do humor, do café, do que aprendemos a chamar de Direitos Humanos.

 Abraços da equipe Psicolokos e do seu Editor-Chefe: Madson Não sei das quantas.
  ''Mude o mundo; mas não deixe sua mãe abrir sua bolsa''.                                                                                                                                                  
                                                                                                                                         
Antes de amar-te, amor, nada era meu



Vacilei pelas ruas e as coisas: 
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava. 
E conheci salões cinzentos,                                                      
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.                                              
Tudo estava vazio, morto e mudo,                                                     
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza

De dádivas encheram o outono.                                                     
                    ?


 
         Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração
.
FERNANDO PESSOA




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