segunda-feira, 16 de maio de 2011

Um Romance chamado X


Todos começam uma história com seu nome, mas até isso eu havia perdido. Espero que os leitores aprendam a me chamar de X. Se bem que, numa boa, o fato é que cansei das merdas que cultivei, dos ratos podres que crieu dentro de mim. Há dias que fico escondido do tempo ali, no meu velho quarto poeirento, lá no esdrúxulo antro que conheci Hurssel, Perls, Sartre, Moreno, Carl Rogers.
Sim, eu passava horas tentando lançar um novo significado para o suicídio, para essa pulsão de só enxergar minha morte como saída.
Seja como for, chorei como o último poeta da terra, e, na minha mente, surgia questões como a catarse, o encontro com o outro, a awaraness perdida, o ser condenado a ser livre e outros diabos.
No fim, ou quando o abismo diante dos meus olhos índigos parecia uma obra de Dali, eu pulei e morri. o poeminha do contra, de Mário Quintana, estava em mim; os romances de Hesse estavam em mim; a música 'Me chama' do Lobão estava em mim!
Mas as lágrimas, a morte e o fim faziam parte de um sonho, ou melhor, a minha representação desse sonho.

Madson Milhome

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